Uma nova “Crise” hídrica?

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Além da morte, temos mais certezas na vida. Como por exemplo, se eu soltar uma maçã ela vai cair. Outro exemplo, é que “o imprevisto, pode ser previsto”.

Por volta de 2012/2015 diversos reservatórios de água estavam operando com capacidade mínima, muitas regiões do Brasil estavam correndo o risco de ficar sem água.

A crise hídrica, tem diversos motivos, desde o déficit de chuvas até a má administração do consumo de água, seja do próprio governo, ou da população.

O aspecto demográfico de um país, é essencial para definir o potencial de consumo de uma população.

Consequentemente, esse fator populacional também está inserido nessa crise hídrica.

O consumo de água é cada vez maior, não só porque a população brasileira está aumentando.

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Mas também porque a população mundial está aumentando. E a maior parte da água do Brasil é direcionada para a agricultura e para a pecuária.

O Brasil também exportação água

O Brasil é um dos maiores exportadores de commodities do mundo. De acordo com cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

O agronegócio chegou a ser responsável por 26 % do PIB em 2019, essa participação provavelmente é maior hoje.

Em 2021, o maior exportado de soja, café e cana de açúcar do mundo, por enquanto é o Brasil.

Além disso, é o segundo maior vendedor de carne bovina e papel-celulose. Sendo o terceiro maior de carne de frango e milho.

E quando pensamos em crise hídrica, vem a menta um banho mais rápido ou a falta dele, ou não lavar o carro, ou falta de aula e trabalho, já que as escolas e empresas não funcionam.

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Mas, como demonstrado acima, exportamos muitos produtos que dependem da água para serem produzidos.

Sendo os setores mais relevantes para a economia brasileira, como o agronegócio e energético, são extremamente dependentes da água.

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Fonte.: Organização das Nações Unidas

O Fetiche da exportação

O aumento da população tem grande impacto no consumo de água, não só porque terá mais pessoas bebendo e usando água.

Mas, sim, porque tudo que comemos depende de água para nascer e crescer. Seja a carne do boi, até o pão do café da manhã.

Nesse cenário, essa crise hídrica em 2021 pode gerar um grande impacto econômico.

O Brasil é uma nação com um potencial gigantesco e inexplorado, temos tudo para dar certo, porém o nosso governo e população não leva essa terra a sério.

Tudo que plantamos aqui, nasce, temos pessoas muito talentosas, criatividade, estoque imensos de riquezas naturais que são exploradas a mais de 500 anos e ainda não acabaram. Entretanto, exportamos tudo.

Exporta é o fetiche de muitos políticos. Porém essa economia agroexportadora está se mostrando inviável no longo prazo.

 “Estamos em uma trajetória que está colocando em xeque a economia brasileira. A economia quase que exclusivamente baseada em carne e soja pode não ser mais viável em 10 anos. Qual é o futuro do Brasil que queremos? O futuro como exportadores de carne e soja está comprometido. Queremos um país com riscos de vulnerabilidade tão fortes, que pode quebrar com uma seca? Além disso, se os países não pararem de queimar combustível fóssil, o Brasil está perdido”, afirma Paulo Artaxo, doutor em física atmosférica pela Universidade de São Paulo (USP) e estudioso da Amazônia há 37 anos. – Portal de notícias G1.globo.com

Por que pode faltar água?

Uma economia, cujo as principais atividades dependem do clima é uma economia frágil, vulnerável ao imprevisto.

O clima é incontrolável, pelo menos por enquanto, a precisão da meteorologia está aumentando muito, ela está tão precisa que temos a impressão de que podemos prevê-lo.

No entanto, não podemos, até podemos ter uma previsão para amanhã, e para daqui 1 mês, a meteorologia, provavelmente acertará a previsão do tempo de amanhã.

Mas não a de 1 mês, 1 semestre ou 1 ano, essa capacidade de previsão ainda não existe, e não sei se um dia existirá, quanto mais longe no futuro, menor a probabilidade de acerto.

Nesse contexto, comecei a discorrer sobre o clima, porque ele é uma das principais causas da falta de chuva, por consequência, a falta de água.

A falta de chuva

De acordo com especialistas, três fenômenos explicam a falta de chuvas no Brasil:

(I) O desmatamento da Amazônia, (II) o aquecimento global causado por queima de combustíveis fósseis, (III) o fenômeno natural La Niña.

Na minha concepção todos eles têm sentido e relevância, caso contrário, a pauta ESG não viria com tanta força.

 (I) O desmatamento na Amazonia é um fato. As árvores contribuem bastante para o acontecimento das chuvas através de um fenômeno chamado evapotranspiração.

 (II) O aquecimento global faz o clima ficar mais seco, por causa do aumento da temperatura.

Isso dificulta a formação de nuvens de chuvas. Já a (III) La niña é um fenômeno periódico, ou seja, acontece de tempos em tempos, que altera os padrões dos ventos.

Logo, mudando a intensidade das chuvas em determinados lugares. Por consequência, aonde exatamente quero chegar?

Quero demonstrar que toda essa dificuldade hídrica poderia ser evitada. E que apesar de dependemos muito da água para fazer a economia girar.

Pois, nosso setor mais relevante internacionalmente, o agronegócio, é extremamente dependente de água, mesmo assim, o governo não parece demonstrar preocupação e planejamento hídrico.

Caso contrário, já tinham se preparado de alguma forma, já que é óbvio que não podemos depender das variações climáticas. Além da morte, temos mais certezas na vida.

Como por exemplo, se eu soltar uma maçã ela vai cair, outro exemplo, é que “o imprevisto, pode ser previsto”. Portanto, a imprevisibilidade do clima, e falta de chuva, era prevista.

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