Por que investir seu dinheiro para aposentadoria?

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O dinheiro é um dos pilares mais importantes da vida de uma pessoa. Entretanto, não falamos sobre ele e não aprendemos a lidar com ele, essa é só uma das milhões de falhas da nossa educação e criação social.

Nesse cenário, grande parte das pessoas, não sabem a importância dele, chegando a menosprezá-lo. Afinal quem nunca escutou a frase, “dinheiro não traz felicidade”.

Outra coisa, falar sobre dinheiro já é um tabu, imagina a dificuldade de falar sobre investir. Isso contribui para que as pessoas continuem a serem consumistas e indisciplinadas com o pouco dinheiro que ganham.

A falta de informação de qualidade é a principal causa desse contexto. Outra consequência, é que as pessoas ficam mais vulneráveis há golpistas e instituições mal-intencionadas, e eu ouso a incluir bancos e o próprio governo nesse pacote, além das pirâmides financeiras.

Com isso, nesse artigo, vou te provar que é obrigatório você aprender sobre dinheiro, assim como é obrigatório aprender matemática e português.

E, além disso, te mostrarei que investir o dinheiro é uma necessidade básica.

A princípio, sou cético referente ao programa do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Obviamente, é uma instituição necessária para a sociedade. Já que é responsável pelo pagamento de diversos benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte e outros.

Todo mundo ficará velho um dia

Mas suas regras e a forma como o governo a usa, são questionáveis. Começando pelo sistema de “repartição simples”.

O INSS segue a lógica da repartição simples, a partir de um desconto diretamente na folha salarial de quem está trabalhando, o governo transfere esse dinheiro para que está aposentado.

Ou seja, simplesmente é uma transferência de pessoas ativas (trabalhando), para pessoas inativas (aposentadas).

Essa lógica não faz mais sentido, cada vez menos pessoas estão nascendo para entrar no mercado de trabalho e mais pessoas ficam vivas mais tempo, logo ficam mais tempo recebendo a aposentadoria.

Nessa lógica, está acontecendo uma inversão da pirâmide etária.

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Fonte.: IBGE | Imagem: G1.globo.com

Anteriormente, existiam mais jovens e pessoas maduras vivas na base da pirâmide, do que idosos no pico.

Entretanto, essa pirâmide etária tende a ficar inversa com o tempo, ou seja, com menos pessoas jovens na base, pois, as pessoas tendem a ter menos filhos.

E, mais idosos vivos no pico, porque a expectativa de vida está aumentando rápido em diversas partes do mundo.

Essa lógica, não é teoria, isso está acontecendo em países desenvolvidos (ricos), e é a tendência para países subdesenvolvidos (pobres), como o Brasil.

Dessa forma, a cada ano que passa temos menos pessoas “sustentando” mais pessoas. E eu estou desconsiderando diversas variáveis.

Como desemprego estrutural gerado pelo avanço da tecnologia e o trabalho informal que não gera arrecadação de imposto.

Essa conta não batia, não bate, e vai ficar pior ainda. Nessas circunstâncias, eu não quero vender susto, não estou falando que a previdência privada vai acabar.

A questão aqui é que o INSS, não terá recursos suficientes para manter a aposentaria de todos.

Para muitos jovens, é difícil pensar sobre isso, as vezes esse tipo de conteúdo não chega nas camadas mais novas da população.

Por que somos imediatistas?

No entanto, atualmente, já tem diversas notícias, mostrando que à medida que o número de idosos aumentam, o número de pessoas com idades avançadas na rua e em áxilos, também aumenta.

Pesquisas do Banco Mundial apontam que apenas 11 % das pessoas no Brasil, poupam para a velhice.

Enquanto em outros países vizinhos, como Chile e Bolívia esse número chega próximo a 20 %. Em países desenvolvidos como canada e EUA, esse número passa de 50 %.

Portanto, depender do governo para se aposentar, não é a melhor escolha que você pode fazer hoje.

Nesse cenário, sua melhor decisão é poupar para o futuro e se educar financeiramente para investir também.

A população brasileira, não tem uma cultura de poupar “dinheiro”, muito menos de investir. Existem diversos porquês disso, mas eu aponto um fator que contribui muito para essas circunstâncias.

Na década de 80, sofremos muito com um fenômeno econômico chamado hiperinflação.

Esse fenômeno correi o poder de compra das pessoas muito rápido. Esse fato obriga a população a gastar o dinheiro mais rápido.

Em um cenário hiperinflacionário, os preços das coisas aumentam muito rápido.

Assim sendo, quando as pessoas recebem seu salário, elas gastam o quanto antes, pois, ele pode acabar não comprando nada daqui 1,2 ou 3 semanas.

Devido a elevação abrupta e repentina dos preços causada pela hiperinflação. Atualmente, mesmo não havendo hiperinflação, o hábito de gastar o dinheiro rápido fica enraízam no psicológico das pessoas durante décadas.

É por isso que grande parte dos brasileiros ainda tem hábitos imediatistas. E isso vai passando para a próxima geração.

O risco do papel moeda

O nome disso, é memória inflacionária, até hoje meus pais têm o hábito de “estocar” coisas em casa.

Além de costumes imediatas, o fato de fazer uma compra para o mês todo, também é uma herança herdada das circunstâncias inflacionarias da década de 1980.

Por causa da inflação, o papel-moeda é vulnerável, as pessoas têm memória curta e esquecem disso.

O Brasil já teve diversas moedas em circulação, o Real é a que obteve maior sucesso entre elas. A inflação é um fenômeno monetário inevitável, pelo menos por enquanto.

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Fonte.: IBGE | Imagem: Consciência de Investidor

O gráfico acima representa a inflação do Brasil acumulada desde 1979, reparem que infelizmente a direção é sempre para cima.

Mas o que esse gráfico com tendência de alta significa, exatamente? Em resumo, no longo prazo, seu dinheiro sempre perderá o valor.

Esse seria o significado desse gráfico, mas não é regra, não é como se fosse a lei da gravidade, a inflação brasileira tem essa tendência de alta, pois, nossos governantes, tem o mal hábito de elevar os gastos públicos em patamares não saudáveis para nossa economia.

Caso você queira compreender a inflação mais a fundo, o artigo “O que é a inflação e por que ela acontece?

Pode te ajudar. O foco aqui não é explicar a inflação, e sim, te mostrar que ela existe e é um perigo para seu dinheiro.

Nesse cenário, há diversas formas de você proteger seu dinheiro da inflação. As pessoas mais velhas, que viviam em períodos de inflação alta (hiperinflação), falam muito de comprar imóveis.

Além da possibilidade de valorização do terreno, também há a possibilidade de alugar. Logo, comprar imóveis seria sim, uma forma de proteger seu dinheiro da inflação.

Melhores Alternativas para investir

Entretanto, requer um investimento alto, exige manutenção, tem imposto, seria muito trabalhoso. Além disso, não é sempre que os imóveis valorizam acima da inflação.

Uma alternativa, mais fácil, prática e segura, seria expor seu dinheiro uma taxa de juros, aplicando-o.

Uma das formas que o governo usa para controlar e administrar a inflação, e usando a taxa de juros. E caso, você queira saber mais sobre isso, tem o artigo “Como a taxa de juros SELIC influência a economia do Brasil?”.

Por isso que a subida da inflação não é uma regra absoluta, existem países que administram muito bem a inflação, diferente do Brasil, algumas nações europeias são um bom exemplo.

Portanto, as taxas de juros, geralmente estão acima da inflação, garantido o valor do seu dinheiro.

investir

Fonte: Jeremy Siegel, Stocks for the long run

O gráfico acima está um pouco embaçado, mas é possível usá-lo para explicar qual aplicação financeira (Investimento) pode ser vencedora, na luta contra a inflação no longo prazo.

Os dados da imagem acima são dos EUA. E, como eu já disse, geralmente muitas coisas que acontecem em países mais desenvolvidos, tendem a acontecer depois em países subdesenvolvidos como o Brasil.

Como dito anteriormente, imóveis podem ser uma forma de proteger seu patrimônio contra a inflação.

No entanto, o gráfico acima, mostra que ele foi o investimento que menos se valorizou no longo prazo.

Assim sendo representado pela linha roxa, como o nome de US Home Prices, traduzido para o português fica “preços de casas dos EUA”.

Investir em Ouro

Outro ativo interessante, e muito famoso é o ouro (Gold), representado pela linha amarela. Esse metal, é usado para reserva de valor, pois, ele é famoso por manter seu valor no tempo, sendo um dos materiais mais valorizados pela humanidade.

O Ouro já se prova como símbolo de riqueza a milênios. E, é uma alternativa ideal para proteger seu dinheiro no longo prazo.

Porém, não é ideal para aumentar seu patrimônio, já que ele não paga nenhum tipo de juros e não gera fluxo de caixa.

De acordo com esse gráfico, feito através de um estudo de Jeremy Siegel, professor de finanças da University of Pennsylvania, na Filadélfia, EUA.

As duas melhores aplicações no longo prazo seriam Bonds (Títulos de dívida) e Stocks (Ações de empresas).

Pessoas ricas não tem dinheiro, elas têm ativos

Quando você ouve comentários sobre pessoas extremamente ricas, com fortunas de milhões ou bilhões de dólares.

Aposto que deve parecer uma imagem de uma conta bancária recheada com vários zeros na sua mente.

Mas essas pessoas ultra ricas, não deixam suas fortunas em papel-moeda ou em uma conta no banco.

Elas trocam todo o dinheiro que ganham por ativos (Empresas (Negócio próprio ou ações), marcas, patentes, títulos de dívidas, fundos de investimentos), ou por objetivos com algum tipo de valor intrínseco, como obras de artes, pedras preciosas etc.

E, exatamente isso que as pessoas que possuem grandes fortunas compram e acumulam. Se elas não fazem isso, indique esse artigo para elas, porque o patrimônio delas não está sendo bem administrado.

Nesse momento, você deve estar pensando, “eu não sou rico”, “eu não tenho tanto dinheiro”.  Se esse for seu caso, você tem muito mais motivos para se educar financeiramente e investir do que pessoas ricas.

Até o momento, mostrei os principais motivos para você cuidar do seu dinheiro. Sendo o primeiro, a questão da previdência pública que está praticamente “quebrada”.

A segunda seria a inflação, que te deixa mais pobre a cada dia.

Por onde começar a investir?

Dessa forma, agora vou te mostrar três passos práticos para começar a investir. Navegar por esse site, já é o primeiro passo.

Sendo ele, a busca por informação, basicamente seria aprender mais sobre educação financeira e investimentos.

Na minha concepção, educação financeira é se organizar para gastar de uma forma benéfica para você no presente e no futuro.

Essa seria a minha definição de educação financeira, e não ficar sendo “pão-duro” ou guarda dinheiro até você ficar velho.

E, sim, pode parecer estranho, mas educação financeira envolve “GASTAR MAIS”, mas de forma saudável e inteligente.

Logo, o seu segundo passo é se organizar financeiramente, para te ajudar com isso, disponibilizei uma planilha gratuita para você controlar seus gastos e planejar seus investimentos.

Pode baixá-la pelo link ou ir ao menu e clicar em relatórios. E, para finalizar, o terceiro passo, é se expor a uma taxa de juros, ou seja, começar a aplicar seu dinheiro.

Com isso, a dúvida que resta é, “como expor meu dinheiro a juros?” Como demonstrado no gráfico acima do professor Jeremy Siegel.

Os dois investimentos mais rentáveis no longo prazo são títulos de dívidas e ações.

Ações são frações de empresas, simplesmente são partes de empresas divididas para seus sócios poderem comprar e vender suas participações na empresa.

Elas seguem a ideia de um prédio. Nesse sentido, alguns prédios são divididos em andares ou metros quadrados para serem vendidos/comprados ou alugados.

Títulos de dívidas são uma forma de empréstimos para terceiros (governo ou empresas), e troca de juros.

No Brasil, em agosto de 2021 saiu uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), informando que 70 % da população brasileira está endividada.

Seja um investidor, não um devedor

Logo, essas pessoas são devedoras, elas pagam juros. Quando você compra títulos de dívidas, você é um credor, ou seja, você empreste dinheiro, e recebe juros.

É possível fazer isso usando bancos, porém, eles são famosos por cobrar taxas abusivas. A melhor forma de você investir seu dinheiro, e se expor a juros é usando uma corretora de valores mobiliários.

Nas corretoras, você tem acesso a diversos tipos de investimentos, como ações, títulos de dívidas e muitos outros.

Para facilitar essa etapa para você, apresento as principais corretoras do Brasil na imagem abaixo.

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Imagem: Consciência de Investidor

Grande parte delas, é super simples de usar, é só baixar um aplicativo no celular e fazer p cadastro.

Além disso, praticamente todas possuem suportes e canais no YouTube que auxiliam seus usuários nos investimentos.

Por fim, caso queira aprender mais sobre títulos de dívidas, sugiro dois artigos, “Investir no Tesouro Direto é arriscado?” e “Diferença entre investimentos pós-fixados e prefixados”.

Esses dois artigos, trazem exemplos de como os títulos de dívidas funcionam. Além disso, também comento sobre as características dos principais títulos públicos. O investimento em ações é mais complexo.

Portanto, a melhor forma de você começar é através de títulos públicos que são investimentos da modalidade de renda fixa.

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